Uma paisagem exótica que tem um aspecto aparentemente monótono, tendo, contudo ,em si, o potencial para mudança abrupta. Os dois intérpretes tentam, então, nesta performance gerar novos conceitos de exotismo. Baseando-se nas suas histórias pessoais, novos conceitos de exótico são gerados no palco, deixando que estes novos corpos coreográficos se confrontem ao vivo. 

António Onio estudou dança na SNDO, em Amsterdão. Desde 2011 que tem vindo a desenvolver os seus próprios trabalhos, tendo colaborado também com artistas como Miguel Pereira, Tian Rotteveel, Igor Dobricic, Florentina Holzinger, Maria Metsalu, Young Boy Dancing Group. O foco principal do seu trabalho artístico tem sido o brutal e constante questionamento entre as barreiras que separam o publico, o pessoal e o privado, a natureza transdisciplinaria da performance; o corpo como fonte de questionamentosocial e moral, e a procura de vulnerabilidade, delicadeza e falhanço como armas performativas na luta contra a sociedade patriarcal. Além de performances, trabalha também como organizador de eventos em Berlim e tem um projeto musical chamado VVICKY.

Bráulio Bandeira é um artista multidisciplinar. Os seus estudos começaram em Portugal, em interpretação teatral na ESMAE, e de seguida na Dinamarca, onde estudou Teatro Físico. Mais tarde, obteve a sua licenciatura em Dança e antropologia, sob a direção de Maguy Marin, em Lyon. Os seus trabalhos variam entre colaborações com a companhia de dança Matanicola, o teatro-dança de Macha Makeieff, as óperas de Oliver Py, ou os seus próprios trabalhos. Bráulio é um produtor de musica electrónica e dj, usando o nome DEEPNEUEntos cénicos.