Retratos
Cátia Pinheiro / Estrutura
Maio
2023
Qui
25
Sobre Carta à Matilde
Podemos olhar para o vosso espetáculo como um trabalho autobiográfico? De que forma? O que creem que este espetáculo pode revelar sobre vocês e o vosso universo enquanto artistas?
Sim, tal como já aconteceu em alguns projetos anteriores da Estrutura, este é um espetáculo que parte de elementos autobiográficos. Normalmente, usamos a nossa biografia, não apenas para a transpor para a palco, mas, para a partir dela, especular, ficcionalizar e criar outros mundos possíveis.
Durante o teu processo de criação, inspiraram-se em algum trabalho autobiográfico ou autorretrato?
Nos meus trabalhos, sou sempre contagiada por outras referências, e este espetáculo não é exceção. Muitas dessas referências não são necessariamente trabalhos autobiográficos, nem necessariamente trabalhos artísticos. No caso deste espetáculo em particular, muitas das referências vieram de campos, como a filosofia, a antropologia ou a biologia, por exemplo. Para além do mais, não parto nunca para a construção de um objeto artístico como se ele fosse um objeto exterior à vida, mas como sendo mais uma parte dessa mesma vida, e acho que isso ajuda a compreender um bocadinho como tudo isto se mistura: os elementos autobiográficos, as referências artísticas e todas as outras referências exteriores ao campo artístico.
Como se vai sedimentando essa “carta-lugar”? Qual é o nível de porosidade desse papel?
É uma pergunta difícil de responder. Muitas vezes, fugi à ideia de carta para depois voltar a ela. Pode-se dizer que este papel transpira por todos os poros. É uma carta para a Matilde, mas também para outras “Matildes”. É uma carta multiformato (performativo, visual, sonoro, etc.).
E como essa “carta-lugar” foi-se transformando neste “espetáculo-carta”?
Existem coisas impossíveis de se explicar, outras que são muito difíceis, e há ainda outras que têm de ser deixadas para “amanhã” … Foi também por isso que, sem a pretensão de abarcar tudo, mas potenciando as possibilidades deste espetáculo-carta, percebi que tinha de convocar outras pessoas para me acompanharem na conceção deste desafio.
Podemos olhar para o vosso espetáculo como um trabalho autobiográfico? De que forma? O que creem que este espetáculo pode revelar sobre vocês e o vosso universo enquanto artistas?
Sim, tal como já aconteceu em alguns projetos anteriores da Estrutura, este é um espetáculo que parte de elementos autobiográficos. Normalmente, usamos a nossa biografia, não apenas para a transpor para a palco, mas, para a partir dela, especular, ficcionalizar e criar outros mundos possíveis.
Durante o teu processo de criação, inspiraram-se em algum trabalho autobiográfico ou autorretrato?
Nos meus trabalhos, sou sempre contagiada por outras referências, e este espetáculo não é exceção. Muitas dessas referências não são necessariamente trabalhos autobiográficos, nem necessariamente trabalhos artísticos. No caso deste espetáculo em particular, muitas das referências vieram de campos, como a filosofia, a antropologia ou a biologia, por exemplo. Para além do mais, não parto nunca para a construção de um objeto artístico como se ele fosse um objeto exterior à vida, mas como sendo mais uma parte dessa mesma vida, e acho que isso ajuda a compreender um bocadinho como tudo isto se mistura: os elementos autobiográficos, as referências artísticas e todas as outras referências exteriores ao campo artístico.
Como se vai sedimentando essa “carta-lugar”? Qual é o nível de porosidade desse papel?
É uma pergunta difícil de responder. Muitas vezes, fugi à ideia de carta para depois voltar a ela. Pode-se dizer que este papel transpira por todos os poros. É uma carta para a Matilde, mas também para outras “Matildes”. É uma carta multiformato (performativo, visual, sonoro, etc.).
E como essa “carta-lugar” foi-se transformando neste “espetáculo-carta”?
Existem coisas impossíveis de se explicar, outras que são muito difíceis, e há ainda outras que têm de ser deixadas para “amanhã” … Foi também por isso que, sem a pretensão de abarcar tudo, mas potenciando as possibilidades deste espetáculo-carta, percebi que tinha de convocar outras pessoas para me acompanharem na conceção deste desafio.