#PRECÁRIAS II [Festival de Performance]
por Tita Maravilha
Abril
2024
Sáb
6
Sinopse
PRECÁRIAS II: Festival de Performance (PII:FP) é idealizado e concebido pela artista Tita Maravilha que, na sua segunda edição, o leva para 5 cidades: Lisboa, Porto, Montemor-o-Novo, Viseu e Paris. O PII:FP é um projeto de criação intercultural e comunitário, focado em determinados corpos-identidades — nomeadamente, pessoas trans, queer, não-bináries, mulheridades e pessoas racializadas — que se dedica à criação de narrativas alternativas que potencializam a performance contemporânea, com modus operandi na alçada da precariedade destas histórias em transformação. O intuito não é a reflexão sobre as mazelas e, sim, potencializar e suportar, tanto politicamente como financeiramente, estas corpas dentro da cena da arte performativa em Portugal e no Mundo. O PII:FP surge na força da resistência, mesmo em contextos tão adversos, e acontece, também, como celebração coletiva. Promovamos uma reflexão maior sobre o mundo que nos cerca. Promovamos a sustentabilidade destas corpas. QUE NUNCA NOS FALTE: COXINHA, PASTEL DE BACALHAU Y ARTE. PRECÁRIAS como quem diz CHIQUÉRRIMES! — Tita Maravilha
afeto
programação
interculturalidade
direitos humanos
arte queer
Informação adicional
- Preço
7€ (performances) / Gratuito (festa)
-
Duração
6h - Classificação etária
16+
Acessibilidades do espetáculo
Acesso mais condicionado
Texto biografia autores
PROGRAMA
#1. Performance — Drag Show: Nany Petrova (21:00 — Foyer do Grande Auditório)
A brincar, a brincar, Nany Petrova já é "avó" das drag queens em Portugal. É um ícone do universo do transformismo do Porto e do país. Sem medo de rir ou de fazer rir, eis Nany Petrova, nos palcos há quase 50 anos.
#2. Performance — 5 min de amor: Yunne Isabella (21:40 — Pequeno Auditório)
A simplicidade de um bom caldo verde nada mais é que a paciência, deixar cada legume corar no seu tempo, Permitir que a saliva cresça na boca com cheiro do refogado. Um a um dourar em azeite e alho um pedaço de chouriço a cebola o alho francês a batata, E só depois adicionar a agua e deixamos a cozer calmamente" Cinco minutos de amor vai ser a diferença entre algo bom e algo ótimo o que diferencia o desejado do esquecido Todes podemos ser jóias da cozinha com mais cinco minutos de amor.
Yunne Isabella, a mais tonta ou a mais bella? Datava 1998 um prospero e significativo ano com a chegada da Expo do Gil e de Ella. Apesar de se sentir uma Chica Peruana de coração latino ela nasceu e cresceu no meio do mato, algures por Leiria. Em 2013 muito se acreditou que ela seria o terceiro segredo de Fatima, A revelação da cozinha, A joia do campo, A prometida. Perdida a fé caiu na grande cidade, onde até hoje se perde nos seus prazeres, Uma loba da noite, carregada de expectativa morta. Caiu nas Damas, a sua casa, onde teve o seu primeiro palco. Como menina caseira fez mais de 20 festas, trabalhando na produção, cenografia, criação de figurinos, pensamento criativo, hostess e performance na sua maioria. Contando também com a sua festa residente, como VÈU. Experimenta ritmos e batidas como dj, veste e despe em prol do mais Bello Look. Y claro a limpeza árdua na casa de banho das gaivotas como XAU na primeira edição de Precárias Aguarda calmamente que o seu peito de 15 anos patrocinado por estrogênio cresça, E que finalmente se possa tornar a Mocatriz que o campo precisa. Será esta gaiata, esta pantera do mato a nossa próxima obsessão?
#3. Performance — Sabonera: Zaya (22:20 — Subpalco do Grande Auditório)
Exercício de limpeza. Várias histórias em fluidos, dos muitos fluidos dos trajes, lençóis, as memórias do cheiro a cantiga alegre da morte. Encruzilhada e fonte, sabão azul e branco. Espera-se todo o tipo de líquidos transbordando o alguidar que dela se serve para se munir de vontade. Zaya: artista trans e ativista alentejana. Ferida em Leão. Apresenta novos mundos e cada viagem é uma mitigação de emoções. Vinda do interior do interior do Alentejo, o seu ser está profundamente ligado aos ritmos e histórias da região de Monforte, do Assumar. Esta ligação constitui o fogo do seu percurso artístico, influenciando a dedicação à narração de histórias através da performance.
Artista Trans Alentejana. Zaya apresenta novos mundos e cada viagem é uma mitigação de emoções. Vinda do interior do interior do Alentejo o seu ser está profundamente ligado aos ritmos e histórias da região. Esta ligação constitui o fogo do seu percurso artístico, influenciando a sua dedicação à narração de histórias através da performance.
#4. Performance — Catarse, ou exercício para o fim do mundo: Tita Maravilha (23:00 — TMP Café – Rivoli)
Este exercício vem na série proposta pela artista, seguido de "Exercício para Performers Mediocres" e "Exercicio para um teatro pobre ou carta para Grotowski", na série de Tita Maravilha. Catarse, ou exercício para o Fim do Mundo, vem na intenção de exercitar possíveis finais, dizer "fim do mundo" para quem diz encerrar ciclos em mim e poder seguir plena. E catarse para dar sentido à vida. Na tragédia grega, a catarse ocorria quando a audiência vivenciava a ascensão e a queda dos personagens trágicos, muitas vezes identificando-se emocionalmente com suas lutas e sofrimentos. Ao final da peça, as emoções intensas eram liberadas, proporcionando uma sensação de alívio e clareza emocional para os espectadores Onde a experiência emocional intensa dos personagens principais é projetada para a plateia, levando-os a uma purificação emocional. Eu, personagem principal da minha própria tragédia performativa.
Tita Maravilha é atriz, cantora, performer e palhaça. Através da ideia de corpo político, traz em seus processos artísticos as dores e delícias de ser um corpo dissidente. Graduada pela Universidade De Brasília em 2018. Brasileira, residente em Portugal desde 2018, onde desenvolve, juntamente com a artista CIGARRA, o projeto de música eletrônica e performance “TRYPAS-CORASSÃO”, que agora, em fase de internacionalização, já passou por São Paulo, Brasília, Paris, Estocolmo, Berlim e Lärz. Assina a criação de quatro trabalhos: Trypas-Corassão: Espetáculo em Dois Atos (2020), Tita no País das Maravilhas (2021), Exercício para performers medíocres (2021) e Exercício para um Teatro pobre ou carta a Grotowski (2022). Realizadora e curadora do Precárias: Festival de performance, que decorreu em 2022 em Lisboa e que terá sua segunda e mais robusta edição agora, em 2024. Venceu a 5ª edição da Bolsa Amélia Rey Colaço, promovida pelo Teatro Nacional D. Maria II (Lisboa), Centro Cultural Vila Flôr, O Espaço do Tempo e Teatro Viriato, com o projeto “Es Tr3s Irms”, baseado no texto de Anton Tchekhov. É uma artista urgente para a cena artística contemporânea lisboeta.
#5. Festa — Lava: DJ set (23:50 — TMP Café – Rivoli)
Lava é ume persona de intervenção performática de ALLiAN, sue hospedeire, artista plástique e fundadore do coletivo ARCANA. ARCANA é um projeto musical com duas vertentes — promoção de eventos e produção musical - que nasceu em 2020, impulsionado pelo desejo de trazer novos sons à cena underground do cidade do Porto. Influências do funk de São Paulo e Rio de Janeiro estão presentes nos seus sets, variando do rave ao experimental, aliados ao universo hyperpop e afro-beat. O fogo, o magma e a chama de um eu intrínseco que se assume caótique e intense, afro-futurista e queer, partindo da música e da performance para comunicar sua mensagem. O trabalho de Lava é explorar o legado musical negro brasileiro, projetando para a pista de dança a carga ancestral dos que abriram portas para o futuro deste corpo, dimensões diásporicas e escatológicas dominam a casa, a par de potência, energia e muita lava.
#6. Performance — Migrantas (01:00 — TMP Café – Rivoli)
Como dois corpos negros em diaspora constante são capazes de celebrar a explosão dos seus proprios exteriótipos em cena. Cabezada (nome provisório) é um trabalho composto pelos artistas Eu Mesmo, Lirico e Filipe Lucas, uma performance em mutação constante ainda sob criação exclusiva para o Festival.
#7. Festa — Tita Maravilha DJ set pra botar a cara no sol (02:00 — TMP Café – Rivoli)
DJ7 pra “botar a cara no sol”. Som dançante e atrevido que revela beleza e fúria trans. Tita Maravilha é criadora e performer. Além das suas criações autorais, dá vida a “Trypas Corassão” juntamente com Cigarra. Nos seus DJ7, seleciona as referências da trajetória individual e coletiva enquanto “corpa” travesti-migrante.
#1. Performance — Drag Show: Nany Petrova (21:00 — Foyer do Grande Auditório)
A brincar, a brincar, Nany Petrova já é "avó" das drag queens em Portugal. É um ícone do universo do transformismo do Porto e do país. Sem medo de rir ou de fazer rir, eis Nany Petrova, nos palcos há quase 50 anos.
#2. Performance — 5 min de amor: Yunne Isabella (21:40 — Pequeno Auditório)
A simplicidade de um bom caldo verde nada mais é que a paciência, deixar cada legume corar no seu tempo, Permitir que a saliva cresça na boca com cheiro do refogado. Um a um dourar em azeite e alho um pedaço de chouriço a cebola o alho francês a batata, E só depois adicionar a agua e deixamos a cozer calmamente" Cinco minutos de amor vai ser a diferença entre algo bom e algo ótimo o que diferencia o desejado do esquecido Todes podemos ser jóias da cozinha com mais cinco minutos de amor.
Yunne Isabella, a mais tonta ou a mais bella? Datava 1998 um prospero e significativo ano com a chegada da Expo do Gil e de Ella. Apesar de se sentir uma Chica Peruana de coração latino ela nasceu e cresceu no meio do mato, algures por Leiria. Em 2013 muito se acreditou que ela seria o terceiro segredo de Fatima, A revelação da cozinha, A joia do campo, A prometida. Perdida a fé caiu na grande cidade, onde até hoje se perde nos seus prazeres, Uma loba da noite, carregada de expectativa morta. Caiu nas Damas, a sua casa, onde teve o seu primeiro palco. Como menina caseira fez mais de 20 festas, trabalhando na produção, cenografia, criação de figurinos, pensamento criativo, hostess e performance na sua maioria. Contando também com a sua festa residente, como VÈU. Experimenta ritmos e batidas como dj, veste e despe em prol do mais Bello Look. Y claro a limpeza árdua na casa de banho das gaivotas como XAU na primeira edição de Precárias Aguarda calmamente que o seu peito de 15 anos patrocinado por estrogênio cresça, E que finalmente se possa tornar a Mocatriz que o campo precisa. Será esta gaiata, esta pantera do mato a nossa próxima obsessão?
#3. Performance — Sabonera: Zaya (22:20 — Subpalco do Grande Auditório)
Exercício de limpeza. Várias histórias em fluidos, dos muitos fluidos dos trajes, lençóis, as memórias do cheiro a cantiga alegre da morte. Encruzilhada e fonte, sabão azul e branco. Espera-se todo o tipo de líquidos transbordando o alguidar que dela se serve para se munir de vontade. Zaya: artista trans e ativista alentejana. Ferida em Leão. Apresenta novos mundos e cada viagem é uma mitigação de emoções. Vinda do interior do interior do Alentejo, o seu ser está profundamente ligado aos ritmos e histórias da região de Monforte, do Assumar. Esta ligação constitui o fogo do seu percurso artístico, influenciando a dedicação à narração de histórias através da performance.
Artista Trans Alentejana. Zaya apresenta novos mundos e cada viagem é uma mitigação de emoções. Vinda do interior do interior do Alentejo o seu ser está profundamente ligado aos ritmos e histórias da região. Esta ligação constitui o fogo do seu percurso artístico, influenciando a sua dedicação à narração de histórias através da performance.
#4. Performance — Catarse, ou exercício para o fim do mundo: Tita Maravilha (23:00 — TMP Café – Rivoli)
Este exercício vem na série proposta pela artista, seguido de "Exercício para Performers Mediocres" e "Exercicio para um teatro pobre ou carta para Grotowski", na série de Tita Maravilha. Catarse, ou exercício para o Fim do Mundo, vem na intenção de exercitar possíveis finais, dizer "fim do mundo" para quem diz encerrar ciclos em mim e poder seguir plena. E catarse para dar sentido à vida. Na tragédia grega, a catarse ocorria quando a audiência vivenciava a ascensão e a queda dos personagens trágicos, muitas vezes identificando-se emocionalmente com suas lutas e sofrimentos. Ao final da peça, as emoções intensas eram liberadas, proporcionando uma sensação de alívio e clareza emocional para os espectadores Onde a experiência emocional intensa dos personagens principais é projetada para a plateia, levando-os a uma purificação emocional. Eu, personagem principal da minha própria tragédia performativa.
Tita Maravilha é atriz, cantora, performer e palhaça. Através da ideia de corpo político, traz em seus processos artísticos as dores e delícias de ser um corpo dissidente. Graduada pela Universidade De Brasília em 2018. Brasileira, residente em Portugal desde 2018, onde desenvolve, juntamente com a artista CIGARRA, o projeto de música eletrônica e performance “TRYPAS-CORASSÃO”, que agora, em fase de internacionalização, já passou por São Paulo, Brasília, Paris, Estocolmo, Berlim e Lärz. Assina a criação de quatro trabalhos: Trypas-Corassão: Espetáculo em Dois Atos (2020), Tita no País das Maravilhas (2021), Exercício para performers medíocres (2021) e Exercício para um Teatro pobre ou carta a Grotowski (2022). Realizadora e curadora do Precárias: Festival de performance, que decorreu em 2022 em Lisboa e que terá sua segunda e mais robusta edição agora, em 2024. Venceu a 5ª edição da Bolsa Amélia Rey Colaço, promovida pelo Teatro Nacional D. Maria II (Lisboa), Centro Cultural Vila Flôr, O Espaço do Tempo e Teatro Viriato, com o projeto “Es Tr3s Irms”, baseado no texto de Anton Tchekhov. É uma artista urgente para a cena artística contemporânea lisboeta.
#5. Festa — Lava: DJ set (23:50 — TMP Café – Rivoli)
Lava é ume persona de intervenção performática de ALLiAN, sue hospedeire, artista plástique e fundadore do coletivo ARCANA. ARCANA é um projeto musical com duas vertentes — promoção de eventos e produção musical - que nasceu em 2020, impulsionado pelo desejo de trazer novos sons à cena underground do cidade do Porto. Influências do funk de São Paulo e Rio de Janeiro estão presentes nos seus sets, variando do rave ao experimental, aliados ao universo hyperpop e afro-beat. O fogo, o magma e a chama de um eu intrínseco que se assume caótique e intense, afro-futurista e queer, partindo da música e da performance para comunicar sua mensagem. O trabalho de Lava é explorar o legado musical negro brasileiro, projetando para a pista de dança a carga ancestral dos que abriram portas para o futuro deste corpo, dimensões diásporicas e escatológicas dominam a casa, a par de potência, energia e muita lava.
#6. Performance — Migrantas (01:00 — TMP Café – Rivoli)
Como dois corpos negros em diaspora constante são capazes de celebrar a explosão dos seus proprios exteriótipos em cena. Cabezada (nome provisório) é um trabalho composto pelos artistas Eu Mesmo, Lirico e Filipe Lucas, uma performance em mutação constante ainda sob criação exclusiva para o Festival.
#7. Festa — Tita Maravilha DJ set pra botar a cara no sol (02:00 — TMP Café – Rivoli)
DJ7 pra “botar a cara no sol”. Som dançante e atrevido que revela beleza e fúria trans. Tita Maravilha é criadora e performer. Além das suas criações autorais, dá vida a “Trypas Corassão” juntamente com Cigarra. Nos seus DJ7, seleciona as referências da trajetória individual e coletiva enquanto “corpa” travesti-migrante.
Ficha técnica
- Direção e conceção
Tita Maravilha
Produção
Amandi Silva e Margot Silva
Apoio a candidatura
Maria Tsukamoto e Joana Costa Santos
Coordenação técnica, operação e desenho de luz
Lui L'Abatte
Tecnique de luz e som
Bee Barros
Direção gráfica, redes sociais, site e design revista
Gadutra
Textos revista
Lola Rodrigues e Melissa Rodrigues
Cartaz e lettering
Bertrand
Vídeo
Arla Coleto
Apoio
DGArtes, República Portuguesa - Cultural
- Coprodução
Teatro Municipal do Porto (Porto), Teatro Viriato (Viseu), O Espaço do Tempo (Montemor-o-Novo)
Parcerias
Rua das Gaivotas 6 (Lisboa), Cão Solteiro Residências 120 (Lisboa), Criolense (Lisboa), Damas (Lisboa), Pedreira (Porto), Teatro Viriato/Carmo 81 (Viseu)
Parceiros media
Coffeepaste, Gerador
Organização
Associação Trypas Corassão
Agradecimentos
Telma Moreira Faria, Cigarra, Pedro Barreiro, Bruno Trigo Gonçalves, Mariana Freitas, Violet, Inês Coutinho, Rádio Quântica