88º Aniversário Teatro Rivoli
França / Índia
Estreia nacional
Aurélien Bory / Shantala Shivalingappa
aSH
Janeiro
2020
Sáb
18
Dom
19
Sinopse
Conheci a Shantala Shivalingappa em 2008, nos bastidores de um teatro em Dusseldorf, onde era convidada da Pina Bausch. Foi aí que tudo se alinhou de forma realmente poderosa. aSH é o opus final na trilogia de retratos de mulheres iniciada dez anos antes com Questcequetudeviens? (2008) e que continuou com Plexus (2012). Nessa trilogia, não tomo como ponto de partida o espaço, que é o meu tema habitual no teatro, mas uma mulher, uma pessoa com uma história, um ser vivo que se revela através da dança. Shiva, o deus da dança, habita a Shantala Shivalingappa. De acordo com a literatura, Shiva tem mais de mil nomes. É um deus de criação e destruição. A cinza [ash] não é apenas o resíduo sólido da combustão perfeita, é aqui um processo. Faz parte de um ciclo de nascimento e morte que começa do nada – o início de qualquer forma no teatro – e tende para uma forma efémera antes de desaparecer. A dança de Shantala assemelha-se a um kolam, um desenho feito no chão com farinha de manhã, destruído pelo vento durante o dia e refeito no dia seguinte. Círculos, pontos, simetrias, espirais, fractais… a dança dela parece ser uma representação da própria estrutura do mundo. Em aSH, título formado com as iniciais do primeiro e último nomes dela, gostaria que o espaço tivesse todo um ritmo. Gostaria que o espaço começasse por se exprimir como uma vibração, a qual é depois apanhada, transformada e prolongada indefinidamente pelo percussionista Loïc Schild. A dança de Shantala baseia-se na sua viagem da Índia para a Europa, do kuchipudi a Pina Bausch, de Shiva a Dionísio, deus do teatro, que alguns dizem descender do mesmo deus. Shantala está sempre a viajar entre Madrasta, onde nasceu, e Paris, onde vive. A sua dança é um pêndulo perpétuo, muito à semelhança do nosso encontro: algures entre a mística hindu e a física quântica. – Aurélien Bory
Aurélien Bory nasceu em 1972 em Colmar, França. Aurélien estudou física, o que o levou a trabalhar no campo da acústica arquitetónica. O artista Mladen Materić, que conheceu no Théâtre Garonne, introduziu-o ao ofício da representação. Em 2000, fundou a Compagnie 111, em Toulouse. Leva a cabo um teatro físico, singular e híbrido, cruzando várias disciplinas: circo, dança, artes visuais e música. Intrigado com a questão do espaço, as suas composições, que espelham uma estética peculiar, são impulsionadas pelas ciências e assentam grandemente na cenografia. O seu reportório conta com 13 criações e é interpretado em teatros conceituados em França e no estrangeiro.
Shantala Shivalingappa divide o tempo entre Madrasta, onde nasceu, e Paris, onde cresceu. Teve formação em dança indiana clássica em tenra idade com a mãe, a bailarina Savitry Nair, e depois com o mestre Vempati Chinna Satyam, no estilo kuchipudi. Desde os 13 anos, teve o privilégio de trabalhar com alguns dos maiores artistas do nosso tempo: Maurice Béjart, Peter Brook, Bartabas, Pina Bausch e Amagatsu. É hoje internacionalmente reconhecida como uma bailarina excecional e embaixadora do kuchipudi, partilhando o seu entusiasmo por esse estilo em todo o mundo. Foi a primeira a ganhar um Prémio Bessie (2013) para um estilo sul asiático com a sua peça Shiva Ganga. Apaixonada pelos encontros entre as pessoas e o percurso artístico que desencadeiam, também se deleita ao colaborar com diferentes artistas na exploração da dança, da música e do teatro.
Aurélien Bory nasceu em 1972 em Colmar, França. Aurélien estudou física, o que o levou a trabalhar no campo da acústica arquitetónica. O artista Mladen Materić, que conheceu no Théâtre Garonne, introduziu-o ao ofício da representação. Em 2000, fundou a Compagnie 111, em Toulouse. Leva a cabo um teatro físico, singular e híbrido, cruzando várias disciplinas: circo, dança, artes visuais e música. Intrigado com a questão do espaço, as suas composições, que espelham uma estética peculiar, são impulsionadas pelas ciências e assentam grandemente na cenografia. O seu reportório conta com 13 criações e é interpretado em teatros conceituados em França e no estrangeiro.
Shantala Shivalingappa divide o tempo entre Madrasta, onde nasceu, e Paris, onde cresceu. Teve formação em dança indiana clássica em tenra idade com a mãe, a bailarina Savitry Nair, e depois com o mestre Vempati Chinna Satyam, no estilo kuchipudi. Desde os 13 anos, teve o privilégio de trabalhar com alguns dos maiores artistas do nosso tempo: Maurice Béjart, Peter Brook, Bartabas, Pina Bausch e Amagatsu. É hoje internacionalmente reconhecida como uma bailarina excecional e embaixadora do kuchipudi, partilhando o seu entusiasmo por esse estilo em todo o mundo. Foi a primeira a ganhar um Prémio Bessie (2013) para um estilo sul asiático com a sua peça Shiva Ganga. Apaixonada pelos encontros entre as pessoas e o percurso artístico que desencadeiam, também se deleita ao colaborar com diferentes artistas na exploração da dança, da música e do teatro.
Info sobre horário e bilhetes
Sáb
18.01
21:30
Dom
19.01
17:30
RivoliGrande Auditório
Informação adicional
- Entrada gratuita • 1.00h • >6
Texto biografia autores
Ficha técnica
- Com
Shantala Shivalingappa
E
Loïc Schild (percussão)
Conceção, cenografia e direção
Aurélien Bory
Coreografia
Shantala Shivalingappa
Dramaturgia
Taïcyr Fadel
Desenho de luz
Arno Veyrat com assistência de Mallory Duhamel
Música
Joan Cambon
Conceção técnica do cenário
Pierre Dequivre, Stéphane Chipeaux-Dardé
Figurinos
Manuela Agnesini, Nathalie Trouvé
Direção técnica
Arno Veyrat
Direção de cena
Thomas Dupeyron / Robin Jouanneau
Direção de som
Stéphane Ley
Direção de luz
Mallory Duhamel / Thomas Dupeyron - Chefe de produção
Florence Meurisse
Direção de produção
Clément Séguier-Faucher
Logística
Justine Cailliau Konkoj
Imprensa
Plan Bey Agency
Canções
Winterreise [Viagem de Inverno], de Franz Schubert
Citações
Georges Perec, Espèces d’espaces, © Éditions Galilée, 1974
Produção
Compagnie 111 – Aurélien Bory
Coprodução
ThéâtredelaCité – CDN Toulouse Occitanie, Festival Montpellier Danse 2018, Agora – PNAC Boulazac-Nouvelle-Aquitaine, La Scala – Paris, L’Onde Théâtre Centre d’Art – Vélizy-Villacoublay
Participação artística
ENSATT – Lyon
Ensaios e residências
La nouvelle Digue-Toulouse, ThéâtredelaCité – CDN Toulouse Occitanie
- Com