RETRATOS III
TMP ONLINE
Joana von Mayer Trindade & Hugo Calhim Cristóvão / NuIsIs ZoBoP
Portrait of a Dancer as Velvet
Maio
2022
Sex
27/5
—
Qui
2/6
Sinopse
Jadis, si je me souviens bien, ma vie était un festin où s'ouvraient tous les cœurs, où tous les vins coulaient. (J.A. Rimbaud)
Existe a doença e existe o esconder a doença. A primeira é um Real a lidar, um modo de existir do humano. A segunda procria subterraneamente o monstruoso. É uma escolha ética. Il faut être absolument moderne. Não espanta assim que o Real do Bailarino como Retrato seja a insanidade. Uma cobardia insana que persegue a pacificação no morto retratar de formas mortas. Ou no morto retratar de que não deseja ser uma forma morta, demonstrando o oposto do desejo. Voici le temps des assassins. Conseguiremos a lida de reverter e inverter, de retratar a destruição do Retrato? De eliminar as nobrezas e burguesias desaparecidas, vestidas de púrpuras e veludos, que o Retrato nasce para servir? Pode o Retrato queimado, retalhado, seduzido por si como Narciso, experienciar em um momento a sua própria dissolução? Afogar-se nas águas? Se o que não é Retrato conseguir destruir um ínfimo do Retrato pode acontecer que as raízes do retrato soçobrem um ínfimo. Assim, o paradoxo que perseguimos nesta criação - O que é um Bailarino/a que tem de dançar tudo o que não se dança a si mesmo enquanto se dança a si mesmo.
J'ai tendu des cordes de clocher à clocher ; des guirlandes de fenêtre à fenêtre ; des chaînes d'or d'étoile à étoile, et je danse. — Joana von Mayer Trindade & Hugo Calhim Cristóvão
(Citações: Jean Arthur Rimbaud)
Joana von Mayer Trindade é coreógrafa, bailarina e professora. É mestre em Solo, Dance, Authorship pela SODA - Universidade das Artes de Berlim. É licenciada em Psicologia pela Universidade do Porto e concluiu o curso de Intérpretes de Dança Contemporânea do Fórum Dança e, ainda, o curso Essais do CNDC d’Angers.
Hugo Calhim Cristóvão é encenador, coreógrafo e investigador. É doutorado em filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto com Actor-Network Theory: Methodology and Ontology. An Eventual Irreduction of Philosophy To Be e mestre em filosofia contemporânea com The Dionysian, Zos vel Thanatos, and the Zoetic Art – Sorcery of Austin Osman Spare. É licenciado em filosofia e em Teatro - Ramos de Interpretação e Direção de Atores, pelo ESMAR-IPP.
São cofundadores do grupo de pesquisa NuIsIs ZoBoP (2004) e criadores de Abbadon, She Will Not Live, VELEDA, ZOS (She Will Not Live), Meninas, Nameless Natures, O céu é apenas um disfarce azul do inferno, Da insaciabilidade no caso ou ao mesmo tempo um milagre, Mysterium Coniunctionis, Dos Suicidados – O Vício de Humilhar a Imortalidade e Fecundação e Alívio neste Chão Irredutível onde com Gozo me Insurjo.
Existe a doença e existe o esconder a doença. A primeira é um Real a lidar, um modo de existir do humano. A segunda procria subterraneamente o monstruoso. É uma escolha ética. Il faut être absolument moderne. Não espanta assim que o Real do Bailarino como Retrato seja a insanidade. Uma cobardia insana que persegue a pacificação no morto retratar de formas mortas. Ou no morto retratar de que não deseja ser uma forma morta, demonstrando o oposto do desejo. Voici le temps des assassins. Conseguiremos a lida de reverter e inverter, de retratar a destruição do Retrato? De eliminar as nobrezas e burguesias desaparecidas, vestidas de púrpuras e veludos, que o Retrato nasce para servir? Pode o Retrato queimado, retalhado, seduzido por si como Narciso, experienciar em um momento a sua própria dissolução? Afogar-se nas águas? Se o que não é Retrato conseguir destruir um ínfimo do Retrato pode acontecer que as raízes do retrato soçobrem um ínfimo. Assim, o paradoxo que perseguimos nesta criação - O que é um Bailarino/a que tem de dançar tudo o que não se dança a si mesmo enquanto se dança a si mesmo.
J'ai tendu des cordes de clocher à clocher ; des guirlandes de fenêtre à fenêtre ; des chaînes d'or d'étoile à étoile, et je danse. — Joana von Mayer Trindade & Hugo Calhim Cristóvão
(Citações: Jean Arthur Rimbaud)
Joana von Mayer Trindade é coreógrafa, bailarina e professora. É mestre em Solo, Dance, Authorship pela SODA - Universidade das Artes de Berlim. É licenciada em Psicologia pela Universidade do Porto e concluiu o curso de Intérpretes de Dança Contemporânea do Fórum Dança e, ainda, o curso Essais do CNDC d’Angers.
Hugo Calhim Cristóvão é encenador, coreógrafo e investigador. É doutorado em filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto com Actor-Network Theory: Methodology and Ontology. An Eventual Irreduction of Philosophy To Be e mestre em filosofia contemporânea com The Dionysian, Zos vel Thanatos, and the Zoetic Art – Sorcery of Austin Osman Spare. É licenciado em filosofia e em Teatro - Ramos de Interpretação e Direção de Atores, pelo ESMAR-IPP.
São cofundadores do grupo de pesquisa NuIsIs ZoBoP (2004) e criadores de Abbadon, She Will Not Live, VELEDA, ZOS (She Will Not Live), Meninas, Nameless Natures, O céu é apenas um disfarce azul do inferno, Da insaciabilidade no caso ou ao mesmo tempo um milagre, Mysterium Coniunctionis, Dos Suicidados – O Vício de Humilhar a Imortalidade e Fecundação e Alívio neste Chão Irredutível onde com Gozo me Insurjo.
Info sobre horário e bilhetes
Informação adicional
- Preço 7€ (Rivoli) / 3.50€ (TMP Online)
Duração 60min
Classificação etária 6+
CONDIÇÕES TMP ONLINE
Visualização disponível 24h (entre as 17h00 de 1 de junho e as 17h00 de 2 de junho) em tmp.bol.pt
Texto biografia autores
Ficha técnica
- Direção, coreografia, dramaturgia e formação Joana von Mayer Trindade & Hugo Calhim Cristovão
Interpretação Sara Gil Agostinho
Som Paulo Costa & Nuisis Zobop
Desenho de luz Pedro Nabais
Figurinos UN T
Colaboração cenográfica Jérémy Pajeanc
Fotografia João Octávio Peixoto
Produção e difusão Nuisis Zobop
Residências Teatro Municipal do Porto, CAMPUS Paulo Cunha e Silva, Centro de Criação de Candoso, Fábrica Asa, CRL – Central Elétrica, Academia de Dança de Matosinhos, Teatro Académico Gil Vicente, Escola de Dança DNA – Dance N'Arts School
Agradecimentos Cristina Aguiar, Cláudia Galhós, Francisco Pinho, Jean Arthur Rimbaud
Coprodução Teatro Municipal do Porto, TAGV Coimbra