João Telmo / Nova Companhia

Fazer e Desfazer surge da ideia de explorar e discutir as questões de género nas sociedades ocidentais contemporâneas pós-modernas, mas num formato direcionado para um público jovem, ainda em formação física e intelectual. Nesse sentido, o projeto terá, na sua fundação, o intuito de propiciar um recinto para o questionamento da identidade e do corpo, alicerçando-se no conceito de performatividade de género, desenvolvido pela filósofa Judith Butler. Este trabalho  pretende revelar que a apresentação do sexo não é uma realidade imutável. O género pode constituir muito mais do que uma atribuição de significados sobre a diferença biológica e tornar-se, dessa forma, um meio para uma leitura discursiva e identitária. Porque a feminilidade não pertence só às mulheres. E a masculinidade não pertence só aos homens. — João Telmo


Com início em maio de 2013, a Nova Companhia foi criada com o objetivo de desenvolver, produzir, divulgar e apoiar os projetos artísticos dos encenadores João Telmo e Martim Pedroso, assim como de outros artistas e criativos que se pretendam associar e cujo trabalho seja desenvolvido a partir das artes performativas, da performance, da dança, da música e das artes plásticas e visuais.
Desde a sua fundação, a Nova Companhia tem cumprido os objetivos a que se propõe, como a criação de objetos teatrais assinados por Martim Pedroso e João Telmo, que assumem a codireção artística da estrutura, e da mesma maneira um corpo de trabalho prolífico de outros projetos artísticos como a fotografia, a performance e o vídeo.
A colaboração com outras estruturas e artistas de referência e o cruzamento interdisciplinar têm a principal premissa da estrutura para questionar barreiras e fórmulas e, consequentemente, têm permitido o crescimento da Nova Companhia na área principal onde se inscreve: o teatro. O encontro tem sido o mote essencial para a edificação de um lema ou de uma marca que se destaca pela diversidade. É neste encontro que se constrói um modo de fazer, uma atitude ou, porque não?, uma filosofia que arquiteta objetos únicos, que albergam o conhecimento, a prática e a reflexão.