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Sinopse

Porta-Jazz

13ª edição

Fevereiro

2023

Sex
3
Dom
5

Sinopse

Um caldeirão de arte, música e humanismo. O significado da expressão melting pot, na sua génese, descreve um fenómeno social, que abreviadamente se traduz nas diferenças étnicas de um determinado lugar e na forma como essas diferenças se dissipam, através da junção e interação de uma diversificada população, criando assim novos padrões de comportamento e novas realidades sociais e culturais. É também esta expressão usada muitas vezes para caracterizar universos mais restritos do que a população de um país ou de uma grande e cosmopolita cidade. Universos esses que podem ser pequenos como um quarteirão dessa mesma grande cidade ou liliputianos como uma manifestação artística emergente desse pequeno quarteirão. Se apontarmos o foco deste preâmbulo para a palavra “quarteirão” e substituirmos o inglesismo melting pot pela palavra “caldeirão”, eis-nos num importante ponto de chegada, que sobretudo importa pela diversidade e riqueza dos pontos de partida que proporciona. Esse ponto de chegada é um Caldeirão e parte, neste caso, de um quarteirão histórico da cidade do Porto para outro local histórico desta cidade, celebrando, assim, o novo espaço Porta-Jazz na Praça da República e a nossa maior e mais impactante manifestação artística, o 13º Festival Porta-Jazz no Teatro Rivoli. Esta décima terceira edição, à semelhança das edições anteriores, é a maior mostra do trabalho desenvolvido pela Porta-Jazz ao longo do ano.

 
PROGRAMA

3/02 sex


18:15  Bloco 1 (Pequeno Auditório)
Pedro Neves Trio – "Hindrances"
WABJIE

Pedro Neves é um pianista e prolífico compositor do Porto que, com o seu trio, editou já quatro discos pelo Carimbo. Nesta 13ª edição do Festival Porta-Jazz, Pedro Neves apresenta o seu quarto trabalho, de seu nome Hindrances, que, para além de assinalar mais um passo na consolidação da carreira deste valioso músico, é também a primeira edição do Carimbo em formato vinil, a par do CD. Com o habitual Miguel Ângelo no contrabaixo e, pela primeira vez neste disco, com José Marrucho na bateria, Hindrances é um trabalho que explora novas estruturas composicionais e ambientes sonoros, aproveitando a riqueza tímbrica e profundidade rítmica do baterista José Marrucho aliadas à grande cumplicidade musical estabelecida com o contrabaixista Miguel Ângelo ao longo de décadas de amizade e construção conjunta. Nas palavras do autor, Hindrances são cinco obstáculos que impedem a paz de espírito e a clareza mental, sendo as oito peças que compõem o álbum o resultado da reflexão de Pedro Neves perante este conceito budista, a partir da visão imaginária de uma jornada até ao topo de uma montanha, onde o foco maior é a contemplação do momento presente enquanto decorre o percurso para a superação dessas barreiras.

É com este trio de seu nome Wabjie, que os músicos Soraya Berent, Michel Wintsch e Samuel Jakubec dão o pontapé de saída no que diz respeito a parcerias internacionais neste 13º Festival Porta-Jazz. A participação e o intercâmbio com a congénere suíça com base em Genebra, AMR, já não é de ontem, afirmando-se aqui, mais uma vez, com um interessante projeto a representar o melhor jazz suíço. Wabjie é o nome dado àquelas ervas ou musgos que crescem entre as pedras da calçada, em rachaduras nas paredes e noutras lacunas indesejadas. Por vezes, em dias abertos, desabrocham em flores invisíveis que poucos conseguem ver, dando um aroma a uma ilha perdida. Reunindo os improvisadores suíços Soraya Berent, Michel Wintsch e Samuel Jakubec e misturando vozes e sintetizadores assombrosos com piano acústico e bateria, Wabjie explode com riffs originais e sons orgânicos, cativando o ouvinte com reviravoltas inesperadas ao longo do caminho.


21:30  Bloco 2 (Grande Auditório)
Gianni Narduzzi – "Dharma Bums"
Carlos Azevedo Quarteto – "Serpente"

O contrabaixista italiano Gianni Narduzzi, que residiu nos últimos anos na cidade do Porto, apresenta aqui o seu disco editado pelo Carimbo Porta-Jazz no ano de 2022. Dharma Bums é um projeto musical que exprime o universo sonoro criado pelo contrabaixista e compositor e o nome é uma homenagem ao homónimo livro de Jack Kerouac que tem como temática central a viagem, física e interior, e a busca de um lugar. O interrogativo e a procura do lugar ideal representam o “leitmotiv” das histórias musicais que os músicos contam. A banda que Gianni Narduzzi juntou, em formato de quinteto, reúne, para além de Narduzzi, mais quatro músicos da nova cena jazzística do Porto, que aqui se movem entre elementos de música escrita e música improvisada dentro de um vasto campo de influências sonoras, assim como literárias e cinematográficas. Um projeto musical que se inspira no mundo literário e suas personagens, que aqui são transportadas para o mundo musical de Gianni Narduzzi. Um projeto que vive da composição e da improvisação, permitindo a este grupo de músicos descobrir o espaço musical para colocar a sua própria voz num plano individual e consequentemente coletivo.

Serpente é o nome do disco que o pianista Carlos Azevedo editou no ano de 2022 pelo Carimbo Porta-Jazz e que aqui apresenta ao vivo neste 13º Festival Porta-Jazz. Este mestre do piano e da composição e figura icónica do jazz portuense e nacional faz assim a sua estreia com a sua música em disco num formato quarteto. Com um currículo que transpõe fronteiras e um consistente reconhecimento nacional e internacional, Azevedo apresenta-se em formação reduzida ao invés das grandes e sinfónicas formações às quais a sua música tem sido dedicada. Nesta “serpente” a quatro, Carlos Azevedo é acompanhado por Miguel Moreira, Miguel Ângelo e Mário Costa, todos eles valores seguros do jazz nacional e além fronteiras e nomes recorrentes nas edições do Carimbo, também como autores.


23:30 (Café Rivoli)
Art'J + Jam Session


4/02 sáb


16:00  Bloco 3 (Palco do Grande Auditório + Subpalco)
Coletivo OSSO / Porta-Jazz – "Interferências"
Umbral

Com mais uma residência a materializar-se neste 13º Festival Porta-Jazz, apresentamos aqui este trabalho que resulta da colaboração da Porta-jazz com o coletivo OSSO. OSSO é um coletivo com base nas Caldas da Rainha e que inclui artistas e investigadores de diferentes áreas (música e artes sonoras, artes plásticas, fotografia, dança, performance, design, arquitetura e cinema) e que, em conjunto com a Associação Porta-Jazz, apresenta aqui este Interferências. A par dos conceituados representantes da Porta-Jazz, Susana Santos Silva e João Grilo estarão por parte do coletivo Osso, Nuno Morão e Ricardo Jacinto mais Joana Castro como convidada especial das duas estruturas para integrar este projeto. Interferências são seis artistas que se encontram para uma residência de criação, durante a qual os seus territórios poéticos serão espaço de contaminação mútua. É daqui que nascerá o som, a voz, o gesto, a palavra, o grito.

Umbral é um trabalho multidisciplinar que junta a música do guitarrista e compositor Nuno Trocado com os textos do dramaturgo Jorge Louraço Figueira e foi editado pelo Carimbo em 2022. Com um grupo de cinco músicos e uma atriz, este disco será apresentado neste Festival no ambiente íntimo, soturno e dramático que o sub palco do Teatro Rivoli proporciona. De acordo com os autores: “Se algum de nós pudesse abrir as asas e voar, de maneira semelhante às aves migratórias, e viesse chegando à mesma velocidade dos pássaros, que sons e sílabas iria reconhecendo, à medida que se aproximasse e ficasse cada vez mais perto das pessoas, dos bichos, das plantas e das coisas? As palavras dos pássaros e o canto dos poetas de Trás-os-Montes inspiraram este espetáculo de música e teatro a partir da recolha de vestígios arqueológicos e outros nem tanto.”


18:15  Bloco 4 (Pequeno Auditório)
Liudas Mockunas – Arnas Mikalkenas – Håkon Berre Trio
Eurico Costa Trio – "Copal"

As parcerias com associações ou outros festivais europeus que operam no mesmo plano de ação da Porta-Jazz foram sempre um objetivo e uma realidade presente na já longa história da nossa Associação. Em mais um ano e um Festival em que essas colaborações não deixam de estar presentes, consolida-se e expande-se esta prática com a inclusão de mais um valioso parceiro europeu. Falamos, neste caso, da presença, pela primeira vez, de um projeto enviado em intercâmbio pela conceituada plataforma Improdimensija de Vilnius na Lituânia. Liudas Mockūnas, Arnas Mikalkenas e Håkon Berre são o ingrediente báltico no Caldeirão do 13º Festival Porta-Jazz. Um trio liderado pelo conceituado saxofonista Liudas Mockūnas, que já tinha marcado presença numa edição anterior do Festival como convidado do contrabaixista Hugo Carvalhais e que aqui apresenta este trio com quase dez anos de existência e um considerável número de concertos em festivais na Europa e no Japão. Com o jovem e talentoso pianista e acordeonista lituano Arnas Mikalkenas e o reconhecido baterista norueguês Håkon Berre, que reside na Dinamarca há quase 20 anos, esta verdadeira armada báltica apresenta aqui a sua música original, que é o resultado de uma escrita repartida pelos três elementos e que se pode caraterizar como jazz de câmara moderno inspirado na música contemporânea e no free jazz.

Copal é o disco editado pelo guitarrista Eurico Costa e o seu trio no final de 2021. Neste projeto, reconhecido pelo público e pela crítica e que já se apresentou em ciclos e festivais nacionais, o guitarrista portuense explora as suas composições com o contrabaixista argentino Demian Cabaud e o baterista Marcos Cavaleiro, duas figuras incontornáveis do jazz nacional. Quanto à música, deixemo-nos levar, para já, pelas palavras do próprio autor: “O trio é um lugar, um espaço onde, embora acompanhado, nunca se sufoca. Tão longe dos constrangimentos da multidão como do isolamento da individualidade, esta é uma formação que abre portas a dimensões próprias, sempre em busca de um equilíbrio de forças, a pedir a generosidade de cada parte para a construção de um todo mais uno. Isso leva a que o presente se torne no único assunto possível e o processo de composição num exercício de contenção e fé. Desse paradigma, surge este repertório, por vezes numa alusão a imaginários mais pop ou à procura das matizes do jazz, outras só a contemplar um tempo repleto de som. Nele, procura-se evocar episódios, pessoas e lugares de um universo que se quer preservar irreal e idílico, néctar de sonhos. São os fios que tecem pedaços de vidas. As nossas.”


21:30  Bloco 5 (Grande Auditório)
Encomenda a Miguel Meirinhos feat. Joshua Schofield
Alfons Slik

O pianista Miguel Meirinhos é já uma figura de proa da nova geração do jazz portuense. Com créditos firmados, seja através da sua música já editada ou nas suas colaborações em concerto e em disco com a Orquestra Jazz de Matosinhos ou o quarteto de Mário Barreiros, o talentoso Miguel Meirinhos é uma inevitável e bem-vinda nossa escolha para a habitual encomenda, neste 13º Festival Porta-Jazz. Nesta encomenda, que pretende sempre juntar e criar interações com novos músicos do circuito europeu, Meirinhos apresenta-se em quinteto num formato clássico de trompete, saxofone, piano, contrabaixo e bateria. Convidando o interessante e emergente saxofonista inglês Joshua Schofield, a par do espanhol, já bem nosso conhecido, Ricardo Formoso no trompete e os seus talentosos companheiros locais, João Fragoso no contrabaixo e João Cardita na bateria, a fazerem parte deste desafio. Se o formato do quinteto é clássico, já o resultado musical apontará certamente para planos e esferas mais distantes. Tão distantes quanto a natureza dos diferentes contextos musicais em que cada um deles cresceu. Nas palavras do próprio Meirinhos: “Espera-se, neste encontro, a absorção dos lugares de convergência, mas, acima de tudo, quer-se descobrir como é que cada uma destas vozes vai persuadir e dissuadir as restantes em discussão. Deste convívio com a estranheza resultará um momento enérgico, espontâneo e livre.”

Resultante do intercâmbio com o festival JazzArt em Katowice, na Polónia, este ano vem até nós o duo Alfons Slik. O pianista Grzegorz Tarwid e o baterista Szymon Pimpon Gasiorek são dois aventurosos músicos que se conheceram em Copenhaga. Na sua música, nunca existem barreiras e abraçam a expressão livre, fundindo o seu virtuosismo com indomáveis vocalizações e experiências sónicas, oscilando entre a tradição do jazz, a improvisação livre, música contemporânea, poesia, rock’n’roll, pop moderno, disco e os costumes dos casamentos polacos. Com um álbum editado em 2019, Nie Przejmuj Się [Nada de Preocupações], pela Love & Beauty Music e o segundo quase a ser lançado, apresentam-se aqui no Festival Porta-Jazz com a sua arrojada e irónica proposta musical.


23:30 (Café Rivoli)
ESMAE Jazz + Jam Session


5/02 dom

16:00  Bloco 6 (Palco do Grande Auditório + Subpalco)
Bode Wilson – "Aether"
Liquify, Spread and Float

Aether [Éter] é o nome do álbum que os Bode Wilson assinam pelo Carimbo no ano de 2022 e aqui apresentam em palco neste Festival Porta-Jazz. Depois da estreia em 2014 com 26 e um segundo álbum em 2017 chamado Lascas, aqui está de novo este Bode, que, desta vez, sem recorrer a material musical previamente definido, embarca numa viagem sonora pelas montanhas do experimentalismo e da improvisação total e grava este trabalho ao ar livre, no interior de uma capela em ruínas. Como um bode irrequieto e faminto que, através de terrenos montanhosos, procura alcançar terreno fértil em alimento, este corpo de três elementos existe e move-se numa simbiose tímbrica e estética que os transforma num elemento só. Tal como o próprio Aether, esse quinto elemento tantas vezes usado ao longo da história para explicar o inexplicável, Bode Wilson apresenta-se assim, volátil, aéreo e envolto num mistério que parece existir desde o princípio dos tempos. Aether revela também um trio que não se conforma com fórmulas estanque e definidas e que parte sempre para a descoberta de novos caminhos. Um trio que, para além das habituais ferramentas, saxofone, flauta, contrabaixo e bateria, acrescenta aqui o charango, as percussões e uma pedaleira de órgão.

A já longa e bem sedimentada parceria com o Festival Guimarães Jazz tem como premissa cruzar a música com diferentes áreas artísticas. No ano de 2021, esse projeto foi liderado pela multifacetada cantora Inês Malheiro. Liquify, Spread and Float é o projeto que Inês criou juntamente com Carolina Fangueiro, Daniel Sousa, João Almeida, José Vale e Vicente Mateus no contexto desta Residência Porta-Jazz / Guimarães Jazz 2021. A partir da proposta de explorar o diálogo entre várias disciplinas artísticas, o processo focou-se na perceção da visão do som, na criação de música livre de expectativa dos instrumentos e dos seus instrumentistas e na liquidez necessária para contornar a hierarquia dos sentidos. Gravado ao vivo em novembro de 2021, Liquify, Spread e Float são as 3 faixas, atos ou estados que diluem a vontade de ser canção e será aqui apresentado na sua versão integral pela segunda vez, numa oportunidade rara e quase única de assistir a este trabalho no seu formato original.


18:15  Bloco 7 (Pequeno Auditório)
Into The Big Wide Open
293 Diagonal – "Membrana"

A proposta do festival austríaco Bezau Beatz de Alfred Vogel, tem sido um dos muitos pontos altos dos últimos festivais. Este ano não constitui exceção à regra, Vogel apresenta-nos um grupo formado por si e mais três músicos da cena jazz berlinense: Into The Big Wide Open. Fascinado e atraído por uma atuação no Festival Bezau Beatz do contrabaixista Felix Henkelhausen e do saxofonista Eldar Tsalikov, dois hot cats da cena de Berlim, nas palavras de Vogel, juntaram-se primeiro em trio e mais tarde em quarteto com a inclusão do pianista Valentin Gerhardus. Também nas palavras de Vogel, este presente dos anjos e tesouro ainda por descobrir da sofisticada cena berlinense consegue levar o ouvinte numa viagem pelo incalculável infinito do espaço numa música densa e ao mesmo tempo ambiental assim como poderosa e espiritual. Não sendo um segredo que Alfred Vogel gosta de moldar o avant-garde com leveza e um sorriso, com esta nova banda junta músicos com a mesma abordagem à sua volta para criarem uma aventurosa e audível viagem pela infinitude do grande vazio.

Membrana dos 293 Diagonal, foi uma das propostas de 2022 editadas pelo Carimbo e que, neste Festival, se apresenta ao vivo no palco do Pequeno Auditório do Rivoli. A incansável cantora e compositora Joana Raquel junta-se aqui em formato duo com o original e virtuoso saxofonista Daniel Sousa. Entre a canção, a improvisação e a eletrónica, Joana Raquel e Daniel Sousa convergem as suas influências através de abordagens mais experimentais, numa formação que quer criar um espaço não-convencional, performativo e íntimo. Germinado numa das portas 293 da cidade do Porto, nos últimos dois anos o duo tem desenvolvido colaborações, sublinhando-se a participação no ciclo FLUIR Som, curadoria da Robalo em parceria com o MAAT, e o lançamento do primeiro disco Membrana que aqui podemos escutar ao vivo. “Membrana apresenta uma visão sobre o quotidiano. Retrata a delicadeza da ação, da memória e da antecipação. Olha de várias perspetivas e abraça o tempo não-cronológico. Contaminação. A membrana quer-(se) romper.”


21:30  Bloco 8 (Grande Auditório)
AP Quarteto – "Nu"
Catarse Civil – "Do Acaso"

2022 foi também ano de mais um disco do guitarrista e compositor portuense AP pelo Carimbo Porta-Jazz, que aqui o apresenta ao vivo neste Grande Auditório do Teatro Rivoli.
Nu é o nome do álbum que é já o quarto trabalho com música sua no selo Carimbo, depois de Lento em quarteto, A Incerteza do Trio Certo ou Mergulho, onde o Coreto toca exclusivamente a sua música. Nu é um regresso ao formato quarteto, onde se faz acompanhar pelos músicos da nova geração José Diogo Martins no piano e teclados, Gonçalo Sarmento no baixo elétrico e contrabaixo e Gonçalo Ribeiro na bateria. O disco Nu é uma experiência musical que, entre outras coisas, explora a simplicidade melódica, o rigor formal ou ambientes e texturas contrastantes, o groove e a improvisação livre, numa demanda musical que visa sempre alcançar a frescura e a imprevisibilidade. A música de AP apresenta-se aqui, como o nome do álbum sugere, despida de acessórios ou artefactos, mas plena do mesmo conteúdo e profundidade que distinguem as obras musicais mais esclarecidas, maduras e consistentes. Nu é o trabalho de um músico e compositor cada vez mais fiel à sua verdade musical. É o trabalho de um quarteto que se mostra atento a novas tendências e correntes, mas que nunca abandona a sua essência. É composição, improvisação e execução musical imbuída da proficiência natural de quem sabe o que está a fazer.

Catarse Civil é um projeto que cruza a música com a literatura e foi editado em disco pelo Carimbo em 2022. Liderado e pensado pela contrabaixista Sara Santos Ribeiro é com este grande ensemble que se encerra a última noite no Grande Auditório do Teatro Rivoli. Catarse Civil nasce do convite literário lançado por Sara Santos Ribeiro a Sofia Sá. Neste projeto, um coletivo de jovens compositores e intérpretes dedica-se a explorar possibilidades entre a música e as palavras. Um exercício neo surreal de materializar "os sonhos da humanidade que dorme". Catarse Civil – imaginemos que a humanidade é uma pessoa que dorme. Imaginemos que nos seus sonhos os movimentos sociais dançam numa libertação explícita das suas vontades. Imaginemos que colocamos isso em palco, acessível aos olhos de todos. Os intérpretes e compositores foram, posteriormente, convidados para a concretização do que foram chamados de: sonhos de I a X, desafiados para uma escrita programática, livre e reativa. O projeto integra também textos de Hugo Santos e Jorge Santos Ribeiro e composições de Catarina Ribeiro e do trompetista Pedro Jerónimo.


23:30 (Café Rivoli)
Conservatório de Música do Porto + Jam Session

música

© Guilherme Costa Oliveira

Info sobre horário e bilhetes

Sex

3.02

Sáb

4.02

Dom

5.02

RivoliVários Espaços

bilhetes

Informação adicional

  • Preço 7€ (por bloco) / gratuito (jam sessions)

    Programa

Texto biografia autores

Ficha técnica

  • Pedro Neves Trio
    Pedro Neves – piano e composição
    Miguel Ângelo – contrabaixo
    José Marrucho – bateria


    Wabjie
    Soraya Berent – voz e eletrónica
    Michel Wintsch – piano, teclados e eletrónica
    Samuel Jakubec – bateria


    Gianni Narduzzi
    Gianni Narduzzi – contrabaixo e composição
    Hugo Caldeira – trombone
    Afonso Silva – saxofone
    Joaquim Festas – guitarra
    Gonçalo Ribeiro – bateria


    Carlos Azevedo Quarteto
    Carlos Azevedo – piano e composição
    Miguel Moreira – guitarra
    Miguel Ângelo – contrabaixo
    Mário Costa – bateria


    Coletivo OSSO / Porta-Jazz 
    João Grilo – piano, eletrónica e voz
    Joana Castro – movimento e voz
    Nuno Morão – bateria e voz
    Ricardo Jacinto – violoncelo, eletrónica e voz
    Susana Santos Silva – trompete, eletrónica e voz


    Umbral
    Catarina Lacerda – voz
    João Pedro Brandão – flauta, saxofone alto
    Nuno Trocado – guitarra elétrica, composição
    Sérgio Tavares – contrabaixo
    Acácio Salero – bateria
    Pedro Pires Cabral – theremin, samples, gravações de campo
    Jorge Louraço Figueira – texto


    Liudas Mockunas – Arnas Mikalkenas – Håkon Berre Trio
    Liudas Mockūnas – saxofones
    Arnas Mikalkėnas – piano, acordeão
    Håkon Berre – bateria


    Eurico Costa Trio
    Eurico Costa – guitarra e composição
    Demian Cabaud – contrabaixo
    Marcos Cavaleiro – bateria


    Encomenda a Miguel Meirinhos feat. Joshua Schofield
    Miguel Meirinhos – piano
    Ricardo Formoso – trompete
    Joshua Schofield – saxofone alto
    João Fragoso – contrabaixo
    João Cardita – bateria


    Alfons Slik
    Grzegorz Tarwid – piano, teclados, voz
    Szymon Gąsiorek – baterias, percussão, OP-Z, voz


    Bode Wilson
    João Pedro Brandão – saxofone alto e soprano, flauta, pedaleira de órgão
    Demian Cabaud – contrabaixo e charango
    Marcos Cavaleiro – bateria e percussões


    Liquify, Spread and Float
    Inês Malheiro – voz, fx
    Daniel Sousa – saxofone e eletrónica
    João Almeida – trompete, fx
    José Vale – guitarra, fx
    Vicente Mateus – bateria, fx
    Carolina Fangueiro – visuais


    Into The Big Wide Open 
    Eldar Tsalikov – saxofone e clarinete
    Valentin Gerhardus – piano e live sampling
    Felix Henkelhausen – contrabaixo
    Alfred Vogel – bateria


    293 Diagonal
    Joana Raquel – voz
    Daniel Sousa – saxofone e eletrónica


    AP Quarteto
    AP – guitarra, efeitos e composição
    José Diogo Martins – piano
    Gonçalo Sarmento – baixo elétrico e contrabaixo
    Gonçalo Ribeiro – bateria


    Catarse Civil
    Miguel Meirinhos – piano
    Tiago Batista – vibrafone
    Catarina Rodrigues – teclas
    Sara Santos Ribeiro – contrabaixo
    Hugo Silva – trompete
    Pedro Matos – saxofone
    André Ramalhais – trombone
    José Stark – bateria
    Joana Raquel – voz
    Sofia Sá – voz
    Rui Spranger – ator/diseur
    Jan Wiezba – maestro convidado

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