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Sinopse

Vera Mantero

O susto é um mundo

Novembro

2021

Qui
18
Sex
19

Sinopse

O psicanalista Carl Jung dizia que a sua linguagem devia ser ambígua e de duplo sentido porque só assim ela faria justiça à nossa natureza psíquica. Para ele, a união de elementos que habitualmente estão em oposição, sobretudo o inconsciente e o consciente, seria a única forma de conseguir chegar a uma nova atitude.
O antropólogo Eduardo Viveiros de Castro faz notar que, aquilo que para um ocidental pode aparentar ser uma série de elementos contraditórios, para os indígenas brasileiros pode ser um conjunto de elementos perfeitamente conjugados e que se apresentam fazendo absoluto sentido, podendo mesmo constituir algumas das características basilares dos povos originários.
As alegadas interferências das redes sociais em processos eleitorais recentes fazem-nos concluir que os media “saudáveis” são aqueles que não apresentam apenas um ponto de vista e sim vários, de preferência em Oposição.
O professor de ética Jonathan Haidt preocupa-se com o futuro dos seus alunos, que diz estarem encerrados em bolhas politicamente correctas, e aconselha-os a percorrerem mundo para serem capazes de Contradição e Oposição, que são elementos constitutivos da própria natureza do mundo*.
Uma educação para a cidadania será uma Educação para a Multiplicidade e para a Contradição?
Educação para o Susto?

*Couturier, B. 2018. Safe spaces : des étudiants qui ne supportent plus la contradiction [online]. Disponível em France Culture [consultado a 29 Junho 2021]


Vera Mantero estudou dança clássica com Anna Mascolo e integrou o Ballet Gulbenkian entre 1984 e 1989. Tornou-se um dos nomes centrais da Nova Dança Portuguesa, tendo iniciado a sua carreira coreográfica em 1987 e mostrado o seu trabalho por toda a Europa, Argentina, Uruguai, Brasil, Canadá, Coreia do Sul, EUA e Singapura. Desde 2000 que se dedica também ao trabalho de voz, cantando repertório de vários autores e cocriando projetos de música experimental.
Em 1999 a Culturgest organizou uma retrospetiva do seu trabalho até à data, intitulada Mês de Março, Mês de Vera. Representou Portugal na 26ª Bienal de São Paulo 2004, com Comer o coração, criado em parceria com Rui Chafes. Em 2002 foi-lhe atribuído o Prémio Almada (IPAE/Ministério da Cultura) e em 2009 o Prémio Gulbenkian Arte pela sua carreira como criadora e intérprete.

© Joana Linda / Culturgest

Info sobre horário e bilhetes

Qui

18.11

Sex

19.11

RivoliPalco do Grande Auditório

bilhetes

Informação adicional

Texto biografia autores

Ficha técnica

  • Direção artística Vera Mantero
    Cocriação e interpretação Henrique Furtado Vieira, Paulo Quedas, Teresa Silva
    Desenho de luz Leticia Skrycky
    Criação sonora e interpretação João Bento
    Cenografia e adereços João Ferro Martins
    Figurinos e adereços Marisa Escaleira
    Assistência Vera Santos
    Participação na pesquisa Vânia Rovisco
    Produção O Rumo do Fumo
    Coprodução Teatro Municipal do Porto, Centro Cultural Vila Flor, Culturgest – Fundação Caixa Geral de Depósitos, Teatro Viriato
    Apoio à residência artística Centro de Experimentação Artística/Município da Moita, Companhia Olga Roriz, Estúdios Victor Córdon
    Agradecimento Paróquia de St. André e Stª Marinha à Graça
    O Rumo do Fumo é uma estrutura financiada por República Portuguesa — Cultura | Direcção-Geral das Artes e Câmara Municipal de Lisboa
    Projeto co-financiado pelo Garantir Cultura, Compete 2020, Portugal 2020 e União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional – FEDER


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