Joana Magalhães

Qual é a potência da preguiça? Qual é a potência da espera? Num tempo em que o tempo cronológico, o do relógio, se impõe ao tempo “para”, o do coração, uma preguiça de pelúcia gigante, sem qualquer utilidade, mesmo enquanto boneco de pelúcia, está ali, à nossa espera. Que é como quem diz, à espera de nada. Uma preguiça de pelúcia rosa que nos acompanha, invisível, enquanto esperamos. E que se mostra no tempo certo para nos fazer lembrar que esperar não é o mesmo que desesperar. Tomando a forma de instalação imersiva, Haiku é um elogio à preguiça, animal e capital, ambas em vias de extinção.

JOANA MAGALHÃES trabalha como criadora e intérprete na área das artes performativas desde 2010, desenvolvendo, mais recentemente, um trabalho de interseção com as artes plásticas, mostrando um especial interesse por teatro, vídeo e instalação. A sua pesquisa centra-se no fim e nos discursos e mitologias a ele associados.
MARISA ESCALEIRA é licenciada e mestre em Design e Sociologia da Moda pela FAUTL e formada em Design Têxtil pela Modatex. Colabora desde 2009 nas áreas de cenografia e figurinos para dança, teatro e cinema.
VASCO FERREIRA trabalha como light designer, músico e sonoplasta desde 1998, assumindo a coordenação técnica das Comédias do Minho desde 2005.