ARK Porto Escola dos Confins e de Nenhures
Crónica das Margens. Lição n.º 1
Julho
2021
Sex
2
ARK Porto Escola dos Confins e de Nenhures
Crónica das Margens*
Lição n.º 1
Jorge Ricardo Pinto, Cartografia – distorções, manipulações e humanismo
Por Gisela Leal
Começamos as aulas com a atenção voltada para um mapa, como o que tínhamos pendurado numa parede da sala de aula. Um mapa do mundo ou de Portugal. Ou melhor, começamos com vários mapas, com origem em épocas variadas e representando diferentes regiões do mundo. Mapas com propósitos, escalas e simbolismos muito diversos, mas que, na aula-conferência de Jorge Ricardo Pinto, confluíram para um propósito comum: demonstrar que a produção cartográfica, ao longo da sua história, nunca esteve tanto apoiada numa procura de representação objetiva e imparcial como possamos à partida pensar, mas muito mais dependente e até ao serviço de uma subjetividade por vezes ingénua, mas a grande parte das vezes manipuladora: “muda o intérprete, muda o produtor do mapa, muda o mapa”.
Partindo do princípio de que “Todos os mapas são uma mentira”, porque todos assentam em princípios de distorção – escala, projeção e simbolização – Jorge Ricardo Pinto orientou-nos por territórios físicos e simbólicos através de mapas que definiram fronteiras com maior ou menor distorção, maior ou menor manipulação, propaganda ou fantasia.
Chegámos a hoje, onde se abre um espaço cartográfico de humanismo, agitação social e agenda radical. Sigamos com os novos cartógrafos.
*Crónica das Margens - Gisela Leal, Cronista das Margens, acompanhará as expedições trans/inter/fronteiriças da ARK Porto Escola dos Confins e de Nenhures, fazendo o levantamento de coordenadas e o reconhecimento dos territórios sensíveis explorados pelos "novos cartógrafos" da cidade nesta sala de aula a céu aberto. Diariamente, em modo grafado e/ou gravado, fará o resumo da matéria dada.
Crónica das Margens*
Lição n.º 1
Jorge Ricardo Pinto, Cartografia – distorções, manipulações e humanismo
Por Gisela Leal
Começamos as aulas com a atenção voltada para um mapa, como o que tínhamos pendurado numa parede da sala de aula. Um mapa do mundo ou de Portugal. Ou melhor, começamos com vários mapas, com origem em épocas variadas e representando diferentes regiões do mundo. Mapas com propósitos, escalas e simbolismos muito diversos, mas que, na aula-conferência de Jorge Ricardo Pinto, confluíram para um propósito comum: demonstrar que a produção cartográfica, ao longo da sua história, nunca esteve tanto apoiada numa procura de representação objetiva e imparcial como possamos à partida pensar, mas muito mais dependente e até ao serviço de uma subjetividade por vezes ingénua, mas a grande parte das vezes manipuladora: “muda o intérprete, muda o produtor do mapa, muda o mapa”.
Partindo do princípio de que “Todos os mapas são uma mentira”, porque todos assentam em princípios de distorção – escala, projeção e simbolização – Jorge Ricardo Pinto orientou-nos por territórios físicos e simbólicos através de mapas que definiram fronteiras com maior ou menor distorção, maior ou menor manipulação, propaganda ou fantasia.
Chegámos a hoje, onde se abre um espaço cartográfico de humanismo, agitação social e agenda radical. Sigamos com os novos cartógrafos.
*Crónica das Margens - Gisela Leal, Cronista das Margens, acompanhará as expedições trans/inter/fronteiriças da ARK Porto Escola dos Confins e de Nenhures, fazendo o levantamento de coordenadas e o reconhecimento dos territórios sensíveis explorados pelos "novos cartógrafos" da cidade nesta sala de aula a céu aberto. Diariamente, em modo grafado e/ou gravado, fará o resumo da matéria dada.