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Sinopse

Lia Rodrigues

Borda

Junho

2026

Sáb
6
Dom
7

Sinopse

A palavra “borda” deriva do verbo “bordar”, que significa enriquecer, decorar, embelezar, elaborar. No entanto, há ainda um outro significado da palavra: fronteira, limite, margem, beira, barreira. Existem fronteiras geográficas e políticas, por vezes representadas por muros, arame farpado, sebes, postos de controlo e portões.  Um lugar intermédio, para ninguém e para todos, para quem chega, quem parte e quem fica. Aqui e ali, início e fim, em algum lugar e em lugar nenhum. Quem tem permissão para atravessar? Quem permanece? Quem será impedido de entrar? Quem pertence e quem não pertence? Quem tem direito a existir? Os territórios podem também ser demarcados por movimentos nómadas e por uma mistura de elementos, físicos e simbólicos: identidades culturais específicas, cheiros, sons, línguas, rituais, estratégias e conhecimentos distintos de sobrevivência, formas de gerir florestas e plantas. Como podemos trabalhar a partir de uma realidade entrelaçada com linhas visíveis e invisíveis, que marcam os limites entre medo e esperança, entre ruído e silêncio, enchente e fogo? Como podemos trazer connosco a terra das nossas visões, desejos, memórias e futuros? Talvez seja possível, paciente e laboriosamente, tecer um lugar poroso de alteridade fluida, um bordado onde as margens se movem, flutuam e dançam. —  Lia Rodrigues 

fronteiras

alteridade

pertença

porosidade

Fotografia de cena a cores. Intérpretes com figurinos coloridos, enfileirados e de pé, intercalados, seguram as cabeças de outros intérpretes entre si. As expressões faciais são intensas e expressivas.

© Sammi Landweer

Fotografia de cena a cores. Intérpretes com figurinos claros movimentam grandes telas de plástico transparente, criando formas fluidas no espaço. Dois intérpretes ao centro beijam-se.

© Sammi Landweer

Fotografia de cena a cores. Dois intérpretes de pé, com figurinos em tons de azul, entrelaçam os braços e executam um movimento sincronizado.

© Sammi Landweer

Fotografia de cena a cores. Um grupo de intérpretes com figurinos coloridos forma uma composição, sobrepondo corpos e gestos expressivo. Atrás do grupo, tecidos e plásticos espalhados no chão.

© Sammi Landweer

Fotografia de cena a cores. O grupo de intérpretes, vestidos com tecidos brancos volumosos, forma uma só composição de diferentes movimentos e expressões faciais individuais.

© Sammi Landweer

Info sobre horário e bilhetes

Sáb

6.06

19:30

Acessível a pessoas em cadeira de rodas

Dom

7.06

19:30

Acessível a pessoas em cadeira de rodas

RivoliGrande Auditório

Informação adicional

  • Preço 
    12€
  • Duração 
    1h10
  • Classificação etária 
    14+

Acessibilidades do espetáculo

Acessível a pessoas em cadeira de rodas
Acessível a pessoas em cadeira de rodas
Sem texto

Texto biografia autores

Lia Rodrigues nasceu em 1956, em São Paulo. Estudou Ballet clássico e História na Universidade de São Paulo (USP). Nos anos 70, esteve envolvida no movimento de dança contemporânea e integrou a Maguy Marin Dance Company entre 1980 e 1982. Ao regressar ao Brasil, fundou a Lia Rodrigues Companhia de Danças, em 1990, no Rio de Janeiro, com atividades ao longo de todo o ano, laboratórios de dança, criações, aulas e ensaios. Em 1992, criou e dirigiu durante 14 anos o Panorama Festival, o mais importante festival de dança do Rio de Janeiro. Desde 2004, a sua companhia tem desenvolvido atividades educativas e artísticas na favela da Maré, no Rio de Janeiro, em parceria com a organização não governamental Redes de Desenvolvimento da Maré. Em 2009, inaugurou o Centro de Artes da Maré e, em 2011, a Escola Livre de Danças da Maré. Ao longo de 40 anos de carreira profissional e artística, a coreógrafa Lia Rodrigues dedicou-se não só à formação e à criação artística, com tournée e encomendas das principais capitais do mundo, mas também à Educação, através de workshops e seminários em diversos países. Misturando militância e utopias, acredita na sinergia entre a arte e os processos sociais. Em 2022, foi distinguida pelo Governo Francês com a medalha de Officier de l’Ordre des Arts et des Lettres. Entre as suas criações destacam-se Formas Breves (2002), Incarnat (2005), Chantiers Poétiques (2008), Pororoca (2009), Piracema (2011), Pindorama (2013), Para que o céu não caia (2016), Fúria (2018) e Encantado (2021). 

Ficha técnica

  • Criação 
    Lia Rodrigues 

    Interpretação e criação em colaboração com 
    Leonardo Nunes, Valentina Fittipaldi, Andrey da Silva, David Abreu, Raquel Alexandre, Daline Ribeiro, João Alves, Cayo Almeida, Vitor de Abreu 

    Assistência à criação 
    Amalia Lima 

    Dramaturgia 
    Silvia Soter 

    Colaboração artística e imagens 
    Sammi Landweer 

    Desenho de luz 
    Nicolas Boudier 

    Direção técnica e luz 
    Magali Foubert 

    Banda sonora 
    Miguel Bevilacqua, a partir de excertos de uma gravação realizada em 1938 no norte do Brasil pela Missão de Pesquisas Folclóricas concebida pelo escritor e intelectual Mário de Andrade, e de excertos da música de domínio público Amor Amor Amor, parte do repertório de Cavalo Marinho, uma dança tradicional brasileira interpretada por Luiz Paixão.

  • Mistura e masterização 
    Ronaldo Gonçalves 

    Administração, agenciamento e gestão de produção 
    Colette de Turville 

    Direção de agenciamento e produção 
    Astrid Toledo 

    Produção e gestão no Brasil 
    Gabi Gonçalves / Corpo Rastreado 

    Secretaria e administração no Brasil 
    Gloria Laureano 

    Apoio logístico – Centro de Artes da Maré 
    Sendy Silva 

    Professores 
    Amalia Lima, Leonardo Nunes, Valentina Fittipaldi, Andrey Silva 

    Figurinos 
    Lia Rodrigues Companhia de Danças 

    Costureira 
    Antonia Jardilino De Paiva 

    Agradecimentos 
    Thérèse Barbanel, Corpo Rastreado, Inês Assumpção, Luiz Assumpção, Diana Nassif, equipa do Centro de Artes da Maré, Jacques Segueilla

    Dedicado a Max Nassif Earp 

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