Ciclo de conferências – Universidade Lusófona do Porto
Do Acontecimento
Isabel Babo
Junho
2021
Ter
15
Sinopse
Acontecimento: singularidade, contingência e desvio
A partir da racionalidade do conhecimento, acreditamos que o mundo no qual vivemos pode ser conhecido com certeza e previsibilidade. O que acontece advém de um fenómeno antecedente que pode ser enunciado como causa e a temporalidade, na narrativa, converte-se em causalidade. Os fenómenos são colocados em termos de causalidade e determinismo e o futuro é previsível. Mas esta aliança entre causalidade, previsibilidade e continuidade é rompida pela experiência do acontecimento enquanto ruptura, descontinuidade e incerteza.
O acontecimento é uma ocorrência empírica particular que releva do domínio da contingência. Então, o mundo contém o imprevisível, o incerto e o incontrolável.
O atentado às Torres Gémeas, em Nova Iorque, dia 11 setembro de 2001, enquanto ação feita, constituiu um acontecimento inesperado, inédito e imprevisível. O tsunami de Tohoku (e Fukushima), em 2011, foi irrupção e transição, tendo acarretado consequências não previstas que o excederam. A pandemia de Covid-19 emergiu como acontecimento disruptivo, tornou-se numa situação que de incerta e indeterminada passou a determinada, e instaurou um novo estado de coisas. A incerteza e a novidade surgem no mundo como acontecimento (ao nível do acontecimento natural e da ação feita) e produzem rupturas imprevistas.
A partir de uma reflexão sobre o acontecimento como único, contingente, de uma irredutível alteridade, e aquilo que introduz a descontinuidade e a mudança, discutiremos em que medida os acontecimentos são, simultaneamente, “singulares e típicos, contingentes e esperados, desviantes e tributários de paradigmas” (Ricoeur).
ISABEL BABO é agregada em Ciências da Comunicação pela Universidade do Minho e realizou o Doutoramento e o DEA em Sociologia na École des Hautes Etudes en Sciences Sociales, de Paris, sob a orientação de Louis Quéré. É investigadora do CICANT – Centre for Research in Applied Communication, Culture, and New Technologies, reitora da Universidade Lusófona do Porto e diretora do curso de doutoramento em Comunicação e Ativismos.
As suas áreas de especialização são a sociologia do acontecimento, a sociologia da comunicação e as teorias do espaço público, com livros, artigos científicos e comunicações sobre acontecimento e problema público, configuração mediática do acontecimento e memória colectiva, média, recepção e públicos, redes e ativismo.
A partir da racionalidade do conhecimento, acreditamos que o mundo no qual vivemos pode ser conhecido com certeza e previsibilidade. O que acontece advém de um fenómeno antecedente que pode ser enunciado como causa e a temporalidade, na narrativa, converte-se em causalidade. Os fenómenos são colocados em termos de causalidade e determinismo e o futuro é previsível. Mas esta aliança entre causalidade, previsibilidade e continuidade é rompida pela experiência do acontecimento enquanto ruptura, descontinuidade e incerteza.
O acontecimento é uma ocorrência empírica particular que releva do domínio da contingência. Então, o mundo contém o imprevisível, o incerto e o incontrolável.
O atentado às Torres Gémeas, em Nova Iorque, dia 11 setembro de 2001, enquanto ação feita, constituiu um acontecimento inesperado, inédito e imprevisível. O tsunami de Tohoku (e Fukushima), em 2011, foi irrupção e transição, tendo acarretado consequências não previstas que o excederam. A pandemia de Covid-19 emergiu como acontecimento disruptivo, tornou-se numa situação que de incerta e indeterminada passou a determinada, e instaurou um novo estado de coisas. A incerteza e a novidade surgem no mundo como acontecimento (ao nível do acontecimento natural e da ação feita) e produzem rupturas imprevistas.
A partir de uma reflexão sobre o acontecimento como único, contingente, de uma irredutível alteridade, e aquilo que introduz a descontinuidade e a mudança, discutiremos em que medida os acontecimentos são, simultaneamente, “singulares e típicos, contingentes e esperados, desviantes e tributários de paradigmas” (Ricoeur).
ISABEL BABO é agregada em Ciências da Comunicação pela Universidade do Minho e realizou o Doutoramento e o DEA em Sociologia na École des Hautes Etudes en Sciences Sociales, de Paris, sob a orientação de Louis Quéré. É investigadora do CICANT – Centre for Research in Applied Communication, Culture, and New Technologies, reitora da Universidade Lusófona do Porto e diretora do curso de doutoramento em Comunicação e Ativismos.
As suas áreas de especialização são a sociologia do acontecimento, a sociologia da comunicação e as teorias do espaço público, com livros, artigos científicos e comunicações sobre acontecimento e problema público, configuração mediática do acontecimento e memória colectiva, média, recepção e públicos, redes e ativismo.
Info sobre horário e bilhetes
Ter
15.06
18:30
RivoliPequeno Auditório
Informação adicional
- Preço Entrada gratuita
Classificação etária >6