MICAR
8ª Mostra Internacional de Cinema Anti-Racista
Outubro
2021
Sex
8
Sáb
9
Dom
10
Sinopse
A história pós-Colombo assenta numa ideia de globalização e progresso unilateral, racista, antropocêntrica, capitalista, patriarcal e heterossexista. O pós-Segunda Guerra Mundial criou uma ilusão de fraternidade e igualdade, sem que a ordem do poder fosse disputada. A ordem que até aqui reconhecemos esmaga e apaga a diversidade, distorce a sua presença histórica, confabula a normalidade e prescreve soluções competitivas de felicidade e de sucesso individual. Este modelo colonial de sociedade e produtividade está em crise. A pandemia confronta-nos com a falência do trabalho, dinheiro e património como metas estruturadoras dos grandes propósitos de vida. Estaremos preparadxs para um novo capítulo? É possível pensar um futuro inclusivo, justo e sustentável sem saber quem somos no espelho da história? Sem recuperar histórias e conhecimentos de outrxs centros e protagonistas? Haverá futuro fazível sem uma pluralidade de mundividências?
Nesta MICAR, procurararemos as vozes e corpos cujas memórias e visão têm sido mantidas nas margens. Exploraremos o lugar das mulheres, dxs jovens e da arte na transformação social. Para com elxs e através delxs resgatar o direito à memória passada, descolonizar a ordem do mundo e reivindicar o direito ao futuro!
PROGRAMA
8/10 sex
21:30 – White Riot, de Rubika Shah
White Riot percorre todo o projeto Rock Against Racism (RAR), criado em 1976 como resposta ao avanço violento da extrema-direita em Inglaterra e como proposta de intervenção anti-racista através da música, da energia do movimento punk e da irreverência do reggae. O filme recorre a imagens de arquivo e a entrevistas com alguns dos responsáveis pelo RAR, para recriar o ambiente hostil da Frente Nacional em finais da década de setenta do seculo passado, e a resposta coletiva de músicos e ativistas que, através de uma rede de concertos e eventos culturais, resiste à onda de xenofobia e racismo que atravessa o país, culminado na célebre marcha e concerto de 30 de abril de 1978, em Victoria Park, Londres, que juntou milhares de pessoas e levou ao palco nomes como Patrick Fitzgerald, X-Ray-Spex , Tom Robinson Band, Steel Pulse e The Clash.
9/10 sáb
15:00 – Olhares sobre o racismo, de Bruno Cabral, Eddie Pipocas e Dércio Ferreira
Olhares sobre o racismo assinala o 30º aniversário do Movimento SOS Racismo e dá voz a intervenientes do debate sobre a questão racial em Portugal, cruzando múltiplos testemunhos de comunidades racializadas, negras, ciganas e migrantes, e contributos de várias figuras da mobilização social e política, refletindo a interseccionalidade, a diversidade e a transversalidade das várias frentes do combate contra o racismo. Enquanto instrumento de debate, mobilização e consciencialização para o combate ao racismo, este documentário pretende contribuir para a construção de respostas políticas eficazes contra a discriminação racial.
17:30 – Chelas Nha Kau, de Bagabaga, Bataclan 1950 (antecedido pela curta-metragem The Circle, de Lanre Malaolu)
Este filme-documentário começou a ganhar forma em 2016, no decorrer de um atelier multimédia do projeto “Dá-te ao Condado E6G”, promovido pela Associação Aguinenso e financiado pelo Programa Escolhas, que se propunha partilhar ferramentas de captação e edição de som e imagem com jovens da Zona J de Chelas. Como confessa o coletivo responsável pela obra, “Gravámos música numa despensa, transformámos parapeitos de janelas em tripé e filmámos com telemóveis universos que uma câmara de vídeo profissional dificilmente conseguiria captar.”
Chelas Nha Kau foi produzido e realizado de forma coletiva pelo grupo de amigos Bataclan 1950 e pela Bagabaga Studios, entre 2016 e 2019, revelando o quotidiano de jovens num bairro de habitação social de Lisboa.
21:30 – AmarElo - É Tudo Pra Ontem, de Fred Ouro Preto
O documentário AmarElo - É Tudo Pra Ontem acompanha todo o processo de criação do projeto “AmarElo”, do músico e ativista negro Emicida. O resultado final viria a ser apresentado no Theatro Municipal, em São Paulo, 2019, num concerto que abordou a história da cultura negra no Brasil e a luta do movimento negro pela visibilidade e igualdade de direitos.
10/10 dom
15:00 – Edouard Glissant: One World in Relation, de Manthia Diawara
Em 2009, Manthia Diawara registou as várias conversas que teve com o filósofo, escritor e poeta Édouard Glissant, durante a viagem transatlântica a bordo do Queen Mary entre Southampton, Inglaterra, e Nova Iorque, EUA. O percurso serviu de mote para abordar o trabalho de Glissant e os seus estudos filosóficos, refletindo e fazendo-nos refletir sobre racismo e colonialismo, sobre a relação com a diferença, sobre fronteiras e sobre cada um e cada uma de nós.
17:30 – Audre Lord, The Berlin Years 1984-1992, de Dagmar Schultz
Audre Lorde - os anos de Berlim 1984 - 1992 documenta a influência de Audre Lorde na cena política e cultural alemã durante uma década de profundas alterações sociais, desde a queda do Muro de Berlim à reunificação da Alemanha Oriental e Ocidental, centrando-se no papel das mulheres negras na sociedade alemã e no desafio às mulheres brancas para reconhecerem a importância do seu privilégio branco e lidarem com a diferença de maneira construtiva.
21:30 – Papusza, de Joanna Kos-Frauze e Krzysztof Krauze
Bronislawa Wajs, conhecida como Papusza, foi uma mulher polaca e cigana, que se serviu da poesia para encontrar respostas ao conservadorismo, machismo e racismo que a rodeia.
Mais informação www.micar.sosracismo.pt/.
Nesta MICAR, procurararemos as vozes e corpos cujas memórias e visão têm sido mantidas nas margens. Exploraremos o lugar das mulheres, dxs jovens e da arte na transformação social. Para com elxs e através delxs resgatar o direito à memória passada, descolonizar a ordem do mundo e reivindicar o direito ao futuro!
PROGRAMA
8/10 sex
21:30 – White Riot, de Rubika Shah
White Riot percorre todo o projeto Rock Against Racism (RAR), criado em 1976 como resposta ao avanço violento da extrema-direita em Inglaterra e como proposta de intervenção anti-racista através da música, da energia do movimento punk e da irreverência do reggae. O filme recorre a imagens de arquivo e a entrevistas com alguns dos responsáveis pelo RAR, para recriar o ambiente hostil da Frente Nacional em finais da década de setenta do seculo passado, e a resposta coletiva de músicos e ativistas que, através de uma rede de concertos e eventos culturais, resiste à onda de xenofobia e racismo que atravessa o país, culminado na célebre marcha e concerto de 30 de abril de 1978, em Victoria Park, Londres, que juntou milhares de pessoas e levou ao palco nomes como Patrick Fitzgerald, X-Ray-Spex , Tom Robinson Band, Steel Pulse e The Clash.
9/10 sáb
15:00 – Olhares sobre o racismo, de Bruno Cabral, Eddie Pipocas e Dércio Ferreira
Olhares sobre o racismo assinala o 30º aniversário do Movimento SOS Racismo e dá voz a intervenientes do debate sobre a questão racial em Portugal, cruzando múltiplos testemunhos de comunidades racializadas, negras, ciganas e migrantes, e contributos de várias figuras da mobilização social e política, refletindo a interseccionalidade, a diversidade e a transversalidade das várias frentes do combate contra o racismo. Enquanto instrumento de debate, mobilização e consciencialização para o combate ao racismo, este documentário pretende contribuir para a construção de respostas políticas eficazes contra a discriminação racial.
17:30 – Chelas Nha Kau, de Bagabaga, Bataclan 1950 (antecedido pela curta-metragem The Circle, de Lanre Malaolu)
Este filme-documentário começou a ganhar forma em 2016, no decorrer de um atelier multimédia do projeto “Dá-te ao Condado E6G”, promovido pela Associação Aguinenso e financiado pelo Programa Escolhas, que se propunha partilhar ferramentas de captação e edição de som e imagem com jovens da Zona J de Chelas. Como confessa o coletivo responsável pela obra, “Gravámos música numa despensa, transformámos parapeitos de janelas em tripé e filmámos com telemóveis universos que uma câmara de vídeo profissional dificilmente conseguiria captar.”
Chelas Nha Kau foi produzido e realizado de forma coletiva pelo grupo de amigos Bataclan 1950 e pela Bagabaga Studios, entre 2016 e 2019, revelando o quotidiano de jovens num bairro de habitação social de Lisboa.
21:30 – AmarElo - É Tudo Pra Ontem, de Fred Ouro Preto
O documentário AmarElo - É Tudo Pra Ontem acompanha todo o processo de criação do projeto “AmarElo”, do músico e ativista negro Emicida. O resultado final viria a ser apresentado no Theatro Municipal, em São Paulo, 2019, num concerto que abordou a história da cultura negra no Brasil e a luta do movimento negro pela visibilidade e igualdade de direitos.
10/10 dom
15:00 – Edouard Glissant: One World in Relation, de Manthia Diawara
Em 2009, Manthia Diawara registou as várias conversas que teve com o filósofo, escritor e poeta Édouard Glissant, durante a viagem transatlântica a bordo do Queen Mary entre Southampton, Inglaterra, e Nova Iorque, EUA. O percurso serviu de mote para abordar o trabalho de Glissant e os seus estudos filosóficos, refletindo e fazendo-nos refletir sobre racismo e colonialismo, sobre a relação com a diferença, sobre fronteiras e sobre cada um e cada uma de nós.
17:30 – Audre Lord, The Berlin Years 1984-1992, de Dagmar Schultz
Audre Lorde - os anos de Berlim 1984 - 1992 documenta a influência de Audre Lorde na cena política e cultural alemã durante uma década de profundas alterações sociais, desde a queda do Muro de Berlim à reunificação da Alemanha Oriental e Ocidental, centrando-se no papel das mulheres negras na sociedade alemã e no desafio às mulheres brancas para reconhecerem a importância do seu privilégio branco e lidarem com a diferença de maneira construtiva.
21:30 – Papusza, de Joanna Kos-Frauze e Krzysztof Krauze
Bronislawa Wajs, conhecida como Papusza, foi uma mulher polaca e cigana, que se serviu da poesia para encontrar respostas ao conservadorismo, machismo e racismo que a rodeia.
Mais informação www.micar.sosracismo.pt/.
Info sobre horário e bilhetes
Sex
8.10
09:00
Sáb
9.10
09:00
Dom
10.10
09:00
RivoliVários Espaços
Informação adicional
- Preço Entrada gratuita (mediante levantamento de bilhete no própria dia da sessão)
Classificação etária +12
Texto biografia autores
Ficha técnica
- White Riot
Rubika Shah
Reino Unido, 2019, Documentário, 1:20, +12
Inglês, com legendagem em português
Olhares sobre o racismo
Bruno Moraes Cabral, Eddie Pipocas e Dércio Tomás Ferreira.
Portugal, 2020, Documentário, 31min, +12
Português
Chelas Nha Kau
Bagabaga, Bataclan 1950
Portugal, 2020, Documentário, 57min, +12
Português
The Circle
Lanre Malaolu
Reino Unido, 2019, Curta, 15min, +12
Inglês, com legendagem em português
Amarelo – é tudo pra ontem
Fred Ouro Preto
Brasil, 2020, Documentário, 1:29, +12
Português
Edouard Glissant: one world in relation
Manthia Diawara
EUA, 2010, Documentário, 50min, +12
Inglês/francês, com legendagem em português
Audre Lorde – os anos de Berlim 1984-1992
Dagmar Schultz
Alemanha, 2012, Documentário, 1:21, +12
Alemão/inglês, com legendagem em português